terça-feira, 13 de dezembro de 2011

CUIDADOS COM OS PORTADORES DE SEQUELA DO A.V.C. - HEMIPLEGIAS

Nos dias de hoje, indivíduos de qualquer idade podem ser acometidos pelo Acidente Vascular Cerebral, mais conhecido por "derrame". Atualmente também denominado Acidente Vascular Encefálico.

Fatores de risco mais conhecidos: Hipertensão arterial, Diabetes Mellitus, Doenças cardíacas, Tabagismo, Elitismo, Obesidade, Enxaqueca, uso de anticoncepcionais, drogas simpático miméticas.

Após a fase aguda e de hospitalização, as pessoas com essa sequela, necessitarão de cuidados especiais na área de reabilitação.

O Terapeuta Ocupacional faz parte da equipe multidiciplinar que se ocupa de planejar e executar um programa de reabilitação através de terapias e orientações.

Esse profissional cuida de recuperar as funções essenciais, buscando o maior grau possível de independência nas atividades da vida diária e auto-cuidado tais como: alimentar-se, vestir/despir, higiene pessoal e tarefas domésticas do dia a dia etc.

Avalia a necessidade de adaptações para utensílios domésticos e de uso pessoal, residencial ou seja acessibilidade e funcionalidade nos diferentes cômodos da casa (Tecnologia Assistiva).

Acompanha e dá suporte em cada passo necessário para a reconquista da independência em todas as áreas de desempenho do indivíduo, seja no lar, no trabalho, na escola e no convívio social.

Janete S. Mobley

domingo, 16 de outubro de 2011

Janete entrevista Leandro Menna


Leandro, 25 anos, Designer, sócio proprietário da Brave Manswear, uma marca de roupas masculinas, onde ele é responsável por toda a identidade visual assim como do desenvolvimento de todas as peças.

Leandro frequentou semanalmente sessões de Terapia Ocupacional após receber o diagnóstico de um tipo de miopatia, e nos conta aqui um pouco dessa experiência.

Janete- Leandro, durante quanto tempo você freqüentou as sessões de Terapia Ocupacional?

Leandro- Comecei por volta dos 5 anos de idade e só dei uma parada agora em meados de 2010.
Isso totaliza mais ou menos uns 19 anos de trabalho nesse setor.

J- Na sua visão, qual a importância da T O no seu trabalho de conquistar e manter funções e grau de independência?

L- Tem uma importância tremenda na medida que além do treinamento em si, me mostrou as possibilidades de resolver situações funcionais e descobrir recursos que me ajudaram a prevenir movimentos e posturas indesejáveis. Foi muito útil essa visão principalmente durante minha vida escolar.

J- Você conserva as habilidades e treinamentos no dia a dia para manter sua independência no maior grau possível?

L- Sim, tenho em mente todas as posturas adequadas que devo adotar, principalmente no que diz respeito a tronco, membros superiores e mãos. Dá pra aprender muita coisa sem dúvida, agora utilizar no dia a dia só depende da gente.

J- Você acredita que sua experiência com a Terapia Ocupacional te ajudou na escolha de sua profissão?

L- Sem dúvida! Hoje olhando pra trás dá pra fazer a relação, ligar os pontos!

Não que tenha definido, mas como nesses anos todos realizamos vários projetos durante meu tratamento na TO, aconteceu que fui percebendo minha habilidade, o prazer que sentia em concluir bem cada trabalho que sempre envolvia um aspecto artístico. Tudo isso contribuiu no momento em que precisei optar por uma profissão.

Hoje percebo que sem essa vivência talvez eu não teria tido a noção do quanto eu tinha de capacidade e jeito para ser um designer.

J- Por fim Leandro, você indica essa modalidade de terapia para outras pessoas com dificuldades motoras?

L- Com certeza! É um tratamento fundamental para quem precisa. Possibilita que tenhamos uma vida mais independente e saudável.

Leandro apresentou seu TCC no último ano de sua formação na FACAMP no final de 2007 onde o tema está relacionado a Acessibilidade. Ele desenvolveu um acessório que facilita as pessoas que usam cadeira de rodas andar em terrenos acidentados. Fator importantíssimo para tornar realidade a inclusão do deficiente físico na vida social.

Quem quiser conhecer o TCC está disponível na biblioteca da FACAMP.

Obrigado Leandro por essa entrevista, foi um prazer ser sua terapeuta por todos esses anos e hoje tê-lo como amigo!

Janete S. Mobley









sexta-feira, 8 de julho de 2011

Tudo tem seu tempo

Como tudo na vida também nos processos de tratamentos precisamos entender que os resultados demandam tempo!

Essa lembrança vale tanto para os pais de pacientes, para o paciente já adulto como também para o profissional.

No mundo atual onde a tecnologia disponibiliza a informação num ritmo alucinante, fomenta a urgência e a pressa criando a ilusão de que podemos acelerar os acontecimentos segundo nossa vontade, na nossa prática clínica para tratar e recuperar as pessoas, nos deparamos com outra condição.

Fisiologicamente as respostas, sejam motoras ou cognitivas, seguem seu curso tranquilamente, respeitando outras leis, as leis naturais do organismo humano.

A nós profissionais cabe conhecer, avaliar e saber aplicar os recursos corretos e necessários para favorecer o desenvolvimento dos resultados desejados (sejam eles quais forem), orientar todos os envolvidos nesse processo e aguardar!

Sim, saber esperar o tempo para que os estímulos provoquem os efeitos desejados.

Uma criança com dificuldade em segurar corretamente o lápis, não terá letra bonita!

Primeiro iremos trabalhar para conseguir a correta preensão desse lápis, observando a postura que essa criança usa ao escrever, desde como se senta, como apoia os membros superiores, os pés, se estão apoiados, altura de mesa e cadeira, se faz compensações, como está cintura escapular e os ombros?

Verificados todos esses itens e após corrigi-los iremos fortalecer musculaturas de dedos e mãos, aplicar atividades de coordenação motora fina e global.

Quando suas estruturas musculares, articulares e posturais apresentarem mudanças positivas e essa criança começar a segurar corretamente no lápis, aí sim nossos objetivos também poderão avançar.

Agora poderemos almejar uma letra bonita! E usaremos para alcançar esse objetivo outras atividades, especificas para esse fim.

Usei esse exemplo simples para ilustrar, mas podemos estender para outras situações.

Parece algo simples e óbvio mas se faz necessário essa consideração pois existe muita pressa, muita urgência, e tudo isso são causas de sofrimentos adcionais.

As leis naturais que comandam a regeneração fisiológica do corpo humano não obedecem somente a nossa vontade. Que bom! O entendimento disso poderá nos tornar a todos, menos afoitos e mais pacientes.

Janete S. Mobley

sexta-feira, 1 de julho de 2011

CBN Saúde- 01/07/2011 - Terapia Ocupacional -Atuação no campo social

CBN Saúde - 01/07/2011 Terapia ocupacional: a atuação no campo social

A entrevistada é Janete Simonelli Mobley - Terapeuta Ocupacional

Ouça essa notícia em
www.portalcbncampinas.com.br/

quinta-feira, 30 de junho de 2011

CBN Saúde- 30/06/2011- TO no tratamento de doenças geriátricas

http://www.portalcbncampinas.com.br/

CBN Saúde - 30/06/2011

A terapia ocupacional no tratamento de doenças geriátricas
A entrevistada é Janete Simonelli Mobley - Terapeuta Ocupacional

CBN Saúde- 29/06/2011-TO nos quadros psiquiátricos e mentais

http://www.portalcbncampinas.com.br/
CBN Saúde - 29/06/2011

A contribuição da terapia ocupacional nos quadros psiquiátricos
A entrevistada é Janete Simonelli Mobley - Terapeuta Ocupacional

terça-feira, 28 de junho de 2011

segunda-feira, 27 de junho de 2011

CBN Saúde - 27/06/2011-O Trabalho do Terapeuta Ocupacional

Ouça esta Notícia.


O trabalho do terapeuta ocupacional
A entrevistada é Janete Simonelli Mobley - Terapeuta Ocupacional

www.portalcbncampinas.com.br

domingo, 26 de junho de 2011

Entrevista com Janete S. Mobley para CBN Saúde.

Amigos

Surgiu a oportunidade e estarei no programa CBN Saúde todos os dias da semana de 27/06 a 01/07 na rádio CBN Campinas - 99,1 MHz no seu rádio as 09:55 horas e 15:35 horas.

Você pode acompanhar também pelo site http://www.portalcbncampinas.com.br/audio_aovivo.php

Falarei sobre Terapia Ocupacional nas diferentes áreas de atuação. Segue o roteiro da entrevista.

27/06 * Como é o trabalho do Terapeuta Ocupacional?

*Qual a diferença entre Terapia Ocupacional e Fisioterapia?

*Tecnologia Assistiva

28/06 *Como é o trabalho do T.O com os pacientes com seqüela de AVC?

*Como são as adaptações?

*Um trabalho á longo prazo?

29/06 *Pacientes com esquizofrênia podem se beneficiar da T.O? De que forma?

*E com Síndrome de Down e Autismo, como o T.O atua?

*E na Paralisia Cerebral?

30/07 *Como é a atuação do T.O na geriatria?

E no mal de Alzheimer como acontece a atuação?

01/07 *Na área Social como é a atuação do T.O? Conscientização?

Como são as atividades propostas nesses casos?

Se você não puder ouvir ao vivo, a entrevista ficará no www.portalcbncampinas.com.br no link CBN Saúde para ser ouvido quando você quiser.

Abraços

Janete

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Tecnologia Assistiva

Janete S. Mobley


Vamos falar um pouco sobre esse tema mas de maneira simples, para o fácil entendimento de todos, independente de sua formação acadêmica.

Toda pessoa que convive com uma incapacidade ou limitação funcional, seja temporária ou permanente vem se beneficiando e muito, pelos recursos desenvolvidos pela Tecnologia Assistiva (T.A.)

Estamos falando de coisas simples, tais como:
  • engrossador de canetas e talheres;
  • substituição dos botões da camisa por velcro;
  • cadeiras e mesas adaptadas;
  • estabilizadores;
  • equipamentos que permitam acessibilidade aos computadores;
  • órteses e próteses;
  • auxílios para as AVDs (atividades da vida diária);
  • auxílios para os deficientes visuais e auditivos;
  • métodos de comunicação alternativas, acionadores;
  • alterações em mobílias ou pequenas reformas nos ambientes;
  • adaptações em veículos até grandes projetos arquitetônicos que visam acessibilidade para as pessoas que tem limitações funcionais e de mobilidade.

A T.A. desenvolve recursos, métodos e estratégias que serão usadas para promover funcionalidade. Favorecendo e permitindo a inclusão dessas pessoas na vida social, escolar e profissional.

Esta é uma área multidiciplinar e o Terapeuta Ocupacional tem um papel fundamental no seu desenvolvimento, devido a suas competências e conhecimentos.

E quais são esses conhecimentos?

O de saber como avaliar o desempenho funcional e ocupacional de uma pessoa, saber sobre análise e aplicação de atividades para tratar e reabilitar e quais recursos o individuo necessita para sua inclusão nos diferentes âmbito de sua vida.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Atividades Escolares

Janete S. Mobley

Atualmente cada vez com maior freqüência nos deparamos com crianças com alguma dificuldade no aprendizado escolar.

As causas variam desde transtornos neurológicos como o TDAH ou Síndromes que afetam o desenvolvimento infantil como a S. de Down, como também crianças que já não tem tempo de brincar, correr, pular, pintar e rasgar papel, atividades psicomotoras tão necessárias para o desenvolvimento normal de qualquer criança.

Na minha experiência tenho como fundamental a integração do trabalho clínico com família, escola e outros profissionais envolvido no processo de reabilitação (ou habilitação) da criança.

Muitas dessas crianças estão inseridas no sistema de Inclusão tão difundido nos dias de hoje e portanto o relacionamento estreito com professores, coordenadores pedagógicos torna-se extremamente vital para o sucesso do tratamento como um todo.

Nesse contato com a escola cabe ao T.O. desenvolver e orientar as adaptações para facilitar o acesso da criança ao uso de computadores e/ou outras mídias. Adequação de mesas e cadeiras, de objetos como lápis e canetas para melhor preensão desses utensílios, etc.

No atendimento individual no consultório utilizamos atividades psicomotoras, estimulação cognitiva, terapia da Integração Sensorial, novamente as brincadeiras e os brinquedos como meios de estimular e desenvolver habilidades.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

A criança aprende brincando

Janete S. Mobley

A criança, quando interage com o mundo, aprende.

Nessa interação as informações (estímulos) lhes chegam pelos sentidos e esse processo se dá através do que chamamos de brincadeira.

Portanto o brincar e as brincadeiras são instrumentos utilizados pelo T.O. no tratamento de crianças que venham a apresentar qualquer tipo de disfunção: motora, sensorial, perceptiva ou cognitiva.

Na sua formação o T.O. aprende a entender o funcionamento do brincar e das brincadeiras conhecendo profundamente seu potencial terapêutico sabe como analisar, indicar e aplicar esse instrumento para desenvolver nos seus pacientes as habilidades desejadas.

O brincar além de recurso terapêutico apresenta um aspecto importante na avaliação diagnóstica uma vez que a interação da criança com o brinquedo ou brincadeira, nos revela muito sobre os aspectos motores, sensoriais, perceptivo e cognitivos da criança.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Post Inaugural

Janete S. Mobley

Meu objetivo nesse blog é trazer de forma objetiva e clara o dia a dia do trabalho clínico do Terapeuta Ocupacional.

A atuação do T.O é muito abrangente, pois seu foco é a atividade humana no seu mais amplo sentido.

Considerando isto, penso que se relatarmos aqui casos e situações que exemplifiquem e ilustrem como o Terapeuta Ocupacional realiza a análise e a aplicação das diferentes atividades como ferramenta no tratamento das patologias ou disfunções, estaremos aos poucos elucidando no que consiste a contribuição desse profissional no desenvolvimento das habilidades que irão favorecer a autonomia e independência dos pacientes.

Ao falarmos sobre Terapia Ocupacional x Atividades nos referimos as todas as atividades que são próprias da Vida Diária do indivíduo.

Se criança - o brincar, atividades escolares, início das atividades de auto cuidado.

Se adulto - atividades de autocuidado, cuidado com o outro, vida profissional, social/cultural.